Quando falamos de redes digitais estamos nos referindo a muitas possibilidades para a comunicação, o acesso à informação e o conhecimento, como:
As plataformas de mensagens instantâneas, que permitem que as pessoas se comuniquem imediatamente, independentemente da distância física.
“Redes Sociais” que conectam pessoas e permitem compartilhamento de informações, opiniões e experiências.
Há aplicativos que favorecem que os usuários compartilhem vídeos e outros que permitem compartilhar músicas e podcasts.
A internet fornece acesso instantâneo a uma vasta quantidade de informações. Permite a educação e o comércio a distância.
Websites de notícias e blogs fornecem acesso rápido a notícias e atualizações sobre eventos atuais em todo o mundo.
Mas, esse “maravilhoso mundo novo” digital também apresenta muitos perigos.
Redes digitais têm sido usadas para difundir notícias falsas, propagar discursos de ódio, promover o fundamentalismo religioso e até mesmo fortalecer movimentos políticos da extrema-direita. Nas redes digitais também há promoção e glamourização de todo o tipo de crimes.
Grupos políticos e religiosos têm utilizado as redes digitais para a disseminação de discursos de ódio direcionados a grupos étnicos, religiosos, dentre outros, levando à radicalização, extremismo e polarização na sociedade.
As redes digitais também se tornaram locais para se recrutar seguidores para difusão de ideologias religiosas extremistas. Você já deve ter visto em redes sociais, por exemplo, ataques à CNBB, à Campanha da Fraternidade e até mesmo ao Papa Francisco.
Grupos e indivíduos de extrema-direita encontraram nas redes digitais múltiplas plataformas para promoverem suas agendas violentas. Isso inclui a disseminação de teorias da conspiração, propaganda racista e xenofóbica, e a organização de eventos e manifestações, por exemplo, contra a democracia e a justiça social.
E vários governos da extrema-direita têm se beneficiado enormemente das redes digitais para a promoção de agendas violentas, racistas e anti democráticas. E o pior: associam extremismo político com fundamentalismo religioso.
Para preservar a nossa saúde mental e para garantir a democracia e a justiça social é urgente a regulação das mídias digitais. Isso inclui legislação para responsabilizar, individual e coletivamente, quem atenta contra a democracia, manipula a religião e promove a violência.
É preciso, também, legislação para a remoção de conteúdo prejudicial à convivência saudável; mecanismos para a identificação de contas falsas e a educação para o reconhecimento de fontes de informação seguras e confiáveis.
O Observatório da Comunicação Religiosa tem insistido: as redes digitais devem ser usadas com moderação, consciência e responsabilidade.
Nunca permita que as redes digitais impeçam ou limitem sua convivência com os outros e mobilizem sua mente e coração com quaisquer ideias que contrariem a ética cristã.