O Observatório da Comunicação Religiosa, órgão ligado à Conferência dos Religiosos do Brasil e à Comissão Brasileira Justiça e Paz, que se inspira no valor da comunicação como processo evangelizador a serviço de uma autêntica cultura do encontro, tem por objetivo, entre outros, oferecer à Igreja no Brasil análises permanentes da comunicação religiosa com a sociedade, contribuindo para qualificar a comunicação cristã.
Vivemos, no Brasil, um momento crucial. A participação dos cidadãos nas eleições, que ocorrerão nos próximos dias, tem, nos meios de comunicação social e nas mídias sociais, ferramentas importantes para a consolidação democrática.
Se por um lado, o cidadão bem-informado e consciente poderá participar do processo eleitoral de forma a qualificar a democracia, por outro, as desinformações e as notícias falsas são os instrumentos mais nocivos à construção de uma sociedade mais justa. E uma sociedade mais justa e, portanto, mais cristã, se concretiza, também, através da eleição de representantes comprometidos com os verdadeiros valores cristãos: justiça, solidariedade, cultura da paz, defesa da Casa Comum, igualdade e fraternidade.
Lamentavelmente, a utilização perversa da religião como instrumento de transmissão de discursos de ódio, manipulação religiosa, charlatanismo e até mesmo incentivo a uma cultura belicosa e violenta tem mobilizado grupos não comprometidos com o bem-comum dentro de comunidades religiosas.
Neste sentido, ao aproximarem-se as eleições, o Observatório da Comunicação Religiosa alerta os cristãos:
- Cuidado com notícias divulgadas em grupos, como WhatsApp e Telegram.
- Não acredite, nem compartilhe, notícias de sites polarizados que não são transparentes; que postam em anonimato ou divulgam discursos de ódio e violência.
- Utilize ferramentas disponíveis online que auxiliam na identificação de desinformação, como os sites da Justiça Eleitoral e de Universidades.
- Encaminhe mensagens falsas para sites de verificação de fatos e denuncie as mensagens falsas.
- Veja a data da informação que você recebe. Muitas notícias falsas são fatos que já ocorreram.
- Veja se a notícia é uma piada ou ironia.
- Cheque as informações que você recebe e veja se as notícias compartilhadas estão em sites jornalísticos.
- Por fim, repense seus preconceitos. Notícias falsas mexem com nossas crenças e emoções e nos estimulam a ações irracionais, como votar motivado por vingança, medo ou ódio.
O Observatório da Comunicação Religiosa trabalha para que a verdade e paz prevaleçam. Boas eleições!