TEXTO – 25/08/2023 – Educação para a mídia

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Uma das preocupações permanentes do Observatório da Comunicação Religiosa tem sido a “educação para a mídia”. Todos nós precisamos aprender como funcionam as instituições de comunicação pois, é através delas que “enxergamos” o mundo em que vivemos. Tanto os antigos meios de comunicação social, como as empresas que surgiram a partir da internet, as chamadas Big Techs.

Muitos sequer nos damos conta de que tudo aquilo que não faz parte da nossa experiência cotidiana direta, chega até nós “mediado” por algum “meio” de comunicação, seja o rádio, a televisão, o jornal, as revistas e, nos nossos dias, sobretudo, por diferentes plataformas digitais como o Google, o Youtube, o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, dentre outros.

Como o modelo brasileiro de comunicação social é predominante privado e comercial, os objetivos das empresas que exploram esse serviço público, nem sempre priorizam o bem comum. É preciso que nos lembremos sempre de que as informações que chegam até nós, foram selecionadas e passaram antes por vários filtros. Além disso, notícias sempre podem ser distorcidas ou até mesmo, omitidas. Existem grupos sociais invisibilizados e silenciados, cuja perspectiva e interesses, raramente aparecem nos noticiários.

Esse é um ponto importante porque dificulta – e muito – a “observação da comunicação”. Como “observar” aquilo que não aparece nos noticiários?

No que se refere às redes digitais, a situação se complica ainda mais. Elas se transformaram no espaço preferido da desinformação, isto é, das chamadas fake news, às notícias falsas. Os recursos tecnológicos disponíveis tornam possível manipular falas e imagens, comprometendo pessoas sem qualquer envolvimento nelas. Nas redes digitais é muito mais difícil identificar a origem da informação e, portanto, distinguir o que é verdadeiro daquilo que é deliberadamente falso.

Infelizmente, esses problemas ocorrem também no âmbito da comunicação religiosa. Alguns “influenciadores digitais” inescrupulosos, que se dizem católicos, divulgam como fatos, o que sequer ocorreu; atribuem a autoridades eclesiais, o que elas não fizeram; omitem, tendenciosamente, informações; promovem a divisão; e estimulam antagonismos e discórdia dentro da própria Igreja.

Por tudo isso, precisamos ficar atentos e exercer o nosso juízo crítico para que não sejamos induzidos a julgamentos equivocados. O desafio da “educação para a mídia” precisa ser compartilhado e debatido com nossa família e com nossos amigos.

Uma boa maneira de evitar eventuais mal-entendidos é sempre nos apoiarmos nos ensinamentos do Papa Francisco e nos documentos oficiais da própria Igreja.

Que assim seja!

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