Olá, hoje o Observatório de Comunicação Religiosa, leva até você alguns pontos da Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o meio ambiente, “Laudate Deum” – que significa “Louvai a Deus”, publicada no dia quatro de outubro, com seis capítulos e 73 parágrafos. Esta Exortação é uma continuidade da Encíclica “Laudato si sobre o cuidado da casa comum”, publicada há 8 anos, em 2015.
O Papa é enfático em dizer que, com o passar do tempo, deu-se conta de que não estamos reagindo de modo satisfatório, pois este mundo que nos acolhe, está se desmoronando. “Independente dessa possibilidade, não há dúvida que o impacto da mudança climática prejudicará, cada vez mais, a vida de muitas pessoas e famílias. Sentiremos os seus efeitos em termos de saúde, emprego, acesso aos recursos, habitação, migrações forçadas e outros. Trata-se de um problema social global que está intimamente ligado à dignidade da vida humana”.
Afirma também que “as alterações climáticas são um dos principais desafios que a sociedade e a comunidade global têm de enfrentar. Esses efeitos recaem sobre as pessoas mais vulneráveis, tanto em nível nacional como mundial”. O Papa critica os negacionistas e afirma que o compromisso de cuidar da casa comum nasce da fé cristã.
Os sinais e alterações climáticas são bem visíveis como calor excessivo, secas, chuvas intensas, inundações, aceleração anormal do aquecimento e do aumento dos gases de efeito estufa. Basta olhar para a realidade do Brasil, chuvas, secas, ciclones como nunca vistos!
A carta “Laudate Deum” olha para a COP 28 (28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que vai acontecer de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes. O Papa pretende fazer um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas.
Francisco lembra que a responsabilidade pela reversão da degradação ambiental não é dos países pobres pois, proporcionalmente, um pequeno número de países ricos poluem o planeta muito mais que os países pobres.
Também não é possível duvidar da origem humana das alterações climáticas, nem de sua posição no paradigma tecnocrático. Outro aspecto mencionado é a “decadência ética do poder real disfarçada pelo marketing e pela informação falsa, úteis ao mercado” e a ambição desenfreada.
– O Papa insiste em “acordos multilaterais mais eficazes entre Estados e organizações mundiais, dotados de autoridade para assegurar o bem comum mundial”. E o fim de uma “atitude irresponsável” daqueles que ridicularizam a questão ambiental por interesses econômicos. É preciso pensar na transição energética.
– A questão climática é um compromisso que brota da fé cristã. “Não há mudanças duradouras sem mudanças culturais e não há mudanças culturais sem mudança nas pessoas”.
Nós do Observatório de Comunicação Religiosa, abraçamos esta causa e convidamos você a ler, meditar e discutir a Carta Apostólica “Laudate Deum” e fazer a sua parte. Um abraço e até o próximo encontro.