Olá! Este é apenas o início de uma breve reflexão do Observatório da Comunicação Religiosa, mas a pergunta certamente prolonga nosso modo de pensar! Estamos todos em redes sociais digitais, mas, afinal, qual é essa rede? Qual é a sua rede? Sabemos que já não é possível separar o que se vive na vida real, aqui e agora, da vida encontrada do outro lado da tela. Passamos constantemente por diferenças geracionais e linguagens contemporâneas, e a comunicação evidencia isso.
Mas, neste inevitável ambiente, onde muito se fala em redes sociais, em “tecer relações” como bem orienta Papa Francisco, esse grande líder religioso, qual é o tipo de rede que você…eu….todos nós… estamos construindo? A “rede” que une sob um olhar acolhedor para as diferenças? Ou a “rede” que prende em nome de uma doutrina ou moralismos? A “rede” que dá visibilidade às ações evangelizadoras? Ou a “rede” que ataca violentamente em nome de um “Deus e das pessoas de bem”?
Em um cenário tão complexo da comunicação nos tempos atuais, Papa Francisco nos lembra que as redes sociais existem para fazer com que as pessoas se conectem mais, que elas possam praticar a cultura do encontro até mesmo nestes espaços virtuais, ajudar uns aos outros, buscar o sentido de comunidade, aquele lugar especial da presença viva e marcante do convívio entre todos. Claro…seria utópico acreditar que as redes sociais são, de fato, a representatividade de uma comunicação dialogal. Enquanto comunidades de diálogo são sinônimos de partilha, conhecimento mútuo e solidariedade, a rede que cresce atualmente, nas estradas digitais, possui uma tendência individualista, com poucos vínculos sadios e fortes. Enquanto você se conecta com centenas ou milhares de pessoas, cada uma dessas pessoas pode se tornar um ser isolado.
Ainda que a contemporaneidade nos traga diversas formas para nos comunicarmos, ainda que em “redes” tenhamos práticas que se diferenciam quando se trata de “real e virtual”, a comunicação como um diálogo, seja no ambiente eclesial, no trabalho, nos círculos de amizade, na família, ela precisa ser vivenciada. É necessário “tecer as nossas redes”, mas que elas não sejam manipuladoras, individualistas e muito menos intolerantes, mas humanizadas e humanizantes.