No dia de São Francisco de Assis, o Papa Leão XIV publicou sua primeira exortação apostólica, Dilexi Te — “Eu te amei” —, dedicada ao amor para com os pobres.
O documento foi iniciado pelo querido Papa Francisco e concluído por Leão XIV, que o assumiu integralmente como seu. O Vaticano comentou que “essa exortação é 100% do Papa Francisco e 100% do Papa Leão”.
Trata-se de um texto profético, profundamente enraizado nas Escrituras e na tradição da Igreja, que fala de misericórdia, justiça e transformação social.
O Observatório da Comunicação Religiosa (OCR) deseja refletir sobre o que essa exortação tem a dizer à comunicação eclesial.
1. A comunicação de Deus por meio dos pobres
O Papa Leão afirma que Deus “quer nos comunicar uma misteriosa sabedoria por meio dos pobres” e insiste: “Devemos deixar-nos evangelizar por eles” (DT 102).
Os pobres são manifestação viva de Deus. Neles se revela o rosto frágil e encarnado do amor divino, que também nos confronta com nossas limitações e nos ensina que o essencial é o amor.
2. O amor preferencial como centro da missão
A Igreja comunica o Evangelho de forma plena e coerente quando manifesta amor preferencial pelos pobres. Esse amor é “o núcleo incandescente da missão eclesial”, escreve o Papa (DT 15).
Como recorda São Tiago: “Mostre-me a sua fé sem as obras [se puder], e eu, com as minhas obras, lhe mostrarei a minha fé” (Tg 2,18).
3. Comunicar a esperança dos pobres
Cabe-nos comunicar ao mundo o sentido profundo dessa exortação. Ela ajuda a Igreja a reencontrar sua identidade profética e a promover dignidade, justiça e inclusão.
Que possamos transformar essa mensagem em ações concretas, preparando iniciativas e fortalecendo pastorais em vista da Jornada Mundial dos Pobres, que neste ano será celebrada de 9 a 16 de novembro.
Que o amor de Deus seja, sempre, a esperança dos pobres.
Brasília, 17 de outubro de 2025.
Pe Dario Bossi.





