O Observatório de Comunicação Religiosa quer refletir com você sobre a mensagem do Papa Francisco para o 57.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema “Falar com o Coração: Testemunhando a Verdade no Amor”. Os ensinamentos do Papa Francisco são destinados àqueles que anunciam o Evangelho e a todas as formas de comunicação na sociedade. Portanto, essa mensagem é para você e para mim.
Depois de refletir sobre os verbos ir, ver e escutar como condições necessárias para uma boa comunicação, o Papa diz que gostaria de aprofundar o tema de falar com o coração. Após o treino na escuta, que requer saber esperar e renunciar à imposição dos nossos pensamentos sobre os dos outros, podemos entrar na dinâmica do diálogo, que é partilha e, concretamente, comunicar com cordialidade.
Se escutarmos o outro com o coração puro, conseguiremos também falar, testemunhando a verdade no amor. Falar com o coração significa dar razão à esperança que há em nós e que também há no outro, e fazê-lo com mansidão, usando o dom da comunicação como ponte, e não como muro que separa. Se você pensa que não tem nada para oferecer a alguém, pense então nas pessoas que sofrem, que necessitam ser escutadas, pessoas necessitadas de uma escuta atenta.
Escutar o outro com atenção é um ato que revela amor e caridade. Para escutar, você e eu precisamos nos abandonar um pouco, adotando uma atitude de doação ao outro. Devemos escutar sem julgar, sem criticar, apenas receber, aceitar e acolher, reconhecendo no outro a nós mesmos. A ausência de escuta gera discórdia, cria desconfiança e provoca separação. É o que leva os homens a promoverem guerras.
Comunicar cordialmente significa que a pessoa que nos lê ou escuta se sente compreendida em suas alegrias, receios, esperanças e sofrimentos, assim como milhares de homens e mulheres do nosso tempo. Quem fala assim ama o outro e também se preocupa com ele. Fica então a pergunta: como você tem escutado a si mesmo e como você tem escutado o outro?