Comunicar esperança é transformar: uma proposta cristã para os tempos atuais
Em meio à avalanche de informações e reações impulsivas, Ir. Natanael de Melo propõe uma comunicação enraizada no diálogo, na escuta e na Palavra de Deus.
Em tempos marcados por discursos polarizados, pressa na informação e pouca escuta, o desafio de comunicar esperança torna-se cada vez mais necessário e urgente. É isso que defende o missionário redentorista Ir. Natanael de Melo Carvalho, CSSR, em reflexão apresentada pelo Observatório da Comunicação Religiosa (OCR).
Para ele, comunicar esperança não é apenas transmitir mensagens positivas ou frases de efeito. Trata-se de algo muito mais profundo: criar espaços reais de encontro, diálogo e transformação.
“A comunicação, quando vista como um veículo de esperança, desempenha um papel crucial na construção de um mundo mais empático e solidário”, afirma Ir. Natanael.
Essa comunicação transformadora precisa estar fundamentada em três pilares essenciais: escuta, partilha e diálogo. São esses elementos que possibilitam a verdadeira acolhida e tornam a mensagem capaz de tocar os corações e promover mudanças concretas.
No entanto, ele alerta: em contextos marcados por atitudes unilaterais, reativas e não planejadas, a comunicação corre o risco de se tornar fonte de divisão e polêmica, afastando-se de sua missão original.
A esperança enraizada na Palavra
Segundo Ir. Natanael, a comunicação cristã precisa estar profundamente enraizada na Palavra de Deus. Não basta apenas responder ao mundo com boas intenções: é preciso discernimento, escuta mútua e compromisso com os anseios reais da sociedade.
A missão da Igreja, nesse sentido, é ser sinal de esperança, justiça e solidariedade, inclusive (e especialmente) por meio da comunicação.
“Quando a comunicação é feita com o coração da Palavra de Deus e com o discernimento necessário, ela se torna um farol de luz em meio às dificuldades do mundo”, conclui.
Em um mundo repleto de ruídos, comunicar esperança é um ato profético. E o caminho passa pela escuta verdadeira, pelo diálogo constante e pela construção de pontes, nunca de muros.
Brasília, 03 de julho de 2025.