TEXTO – 31/03/2023 – O Chamado de Laudato Si’ para o Cuidado da Casa Comum

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Hoje, no Observatório de Comunicação Religiosa, queremos refletir sobre o chamado do Papa Francisco para a conversão ecológica, a partir da encíclica Laudato Si’. Essa encíclica faz um apelo forte e exigente para que todos os habitantes da Casa Comum vivam uma conversão ecológica, ou seja, mudem seu modo de ser, olhar e estar no mundo. Estamos associados à Terra desde as origens e, em definitivo, participamos dos elementos que constituem o mundo. Por essa razão, nosso vínculo com toda a criação é constitutivo, não meramente acidental.

Portanto, somos todos co-responsáveis e chamados à mudança de vida, desde as pequenas até as grandes coisas, sempre em prol do bem comum, o que pressupõe respeito à pessoa e à Casa Comum. Neste tempo quaresmal, propício para reflexões pessoais e comunitárias, aproveitemos para rever nossa relação com o compromisso de cuidar da vida em todas as suas dimensões. O Papa Francisco nos desafia a cultivar uma paixão pelo cuidado do mundo, motivada por uma espiritualidade ecológica e por uma mística que nos impulsiona a nos comprometermos com o bem comum. Isso nos leva a sair de nosso mundo autocentrado e ir ao encontro do outro, que clama por vida e dignidade.

Aqui, podemos nos desafiar a viver a vocação de sermos protetores da obra de Deus. Somos chamados à conversão ecológica, que requer criar um dinamismo de mudança para o compromisso com a Casa Comum, bem como a uma conversão comunitária e social. Essa conversão pressupõe diversas atitudes que se combinam para mobilizar um cuidado generoso e cheio de ternura.

Em primeiro lugar, implica gratidão e gratuidade, ou seja, o reconhecimento do mundo como um dom recebido de Deus, o que provoca, como consequência, atitudes gratuitas e gestos generosos em relação à Casa Comum, ainda que ninguém os veja ou reconheça. Também implica a amorosa consciência de que não estamos desconectados das demais criaturas, mas, ao contrário, formamos com os demais seres do universo uma preciosa comunhão universal.

Neste mundo, tudo está conectado. Daí a íntima relação entre os pobres e a fragilidade do planeta. Podemos refletir sobre as atitudes que podemos adotar para demonstrar que nosso coração mudou, que somos pessoas que cuidam da natureza e de toda a criação.

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